O rumo de muitas empresas virou do avesso com a crise causada pela pandemia. Previsões foram por água abaixo, prejuízos são incalculáveis e muitas tiveram que fazer demissões. Tudo isso gera uma tensão no time. As pessoas se perguntam se estarão empregadas nos próximos meses, não sabem o que acontecerá com a empresa e temem o que pode vir pela frente. Isso é muito natural e abala a confiança e o engajamento dos colaboradores. Ninguém se atiraria de cabeça em um abismo escuro sem saber o que tem lá embaixo.
Neste momento de incertezas vejo muitas empresas preocupadas em tranquilizar seus clientes, consumidores e fornecedores. Mas se esquecem de quem deveria ser o primeiro a ser comunicado: o público interno. Já vi situações de crise nas quais os colaboradores têm conhecimento das ações da empresa através da imprensa ou dos clientes. E quem poderia ser um embaixador da empresa, ajudando a prestar esclarecimentos e defendê-la, infelizmente é só mais um desinformado.
É fato que no atual momento muitas empresas ainda não conseguiram levantar todas respostas para o novo cenário. As mudanças são dinâmicas e dificultam fazer previsões concretas. Mesmo diante do mais incerto prognóstico, algumas atitudes podem ser tomadas e ajudarão o time a entender o que está acontecendo. Listei algumas ações que fizemos aqui na Primeira Via e outras que vivenciei com nossos clientes:
1) Olhe para as pessoas: cada um tem uma realidade, uma história e mais do que nunca o olhar individual precisa (de verdade) ser colocado em prática. Se possível, escute cada um dentro da sua estrutura – seja diretamente ou através das lideranças. Às vezes só o fato de ser ouvido pode ajudar aquele colaborador que tem mais dificuldade em lidar com a situação.
2) Seja transparente: parece óbvio, mas falar abertamente aos colaboradores o que está acontecendo, por pior que seja o cenário, ajuda a baixar a ansiedade. Saber que a empresa perdeu receita não é uma boa notícia e o primeiro impacto é negativo, mas o fato é que o colaborador precisa estar preparado para o que vem pela frente. E saber com antecedência ajuda a assimilar a situação e arregaçar as mangas para buscar soluções.
3) Aponte caminhos: depois do primeiro nocaute é preciso levantar. Qualquer empresa, seja de qual porte for, já traçou cenários prováveis para os próximos meses. Compartilhe seus planos com os colaboradores. Eles precisam saber que existe um norte, mesmo que o cenário ainda seja obscuro. Isso trará segurança e fará toda a diferença no engajamento do time.
4) Envolva o time: o momento é de pegar junto. Depois que o time sabe quais os planos para recuperação, todos precisam estar trabalhando para buscar os objetivos traçados. As pessoas se sentem desafiadas e se superam quando enxergam um objetivo claro. Pode ter certeza que muitos talentos irão aparecer!
5) Dê feedbacks: todos juntos dando o seu melhor e os resultados começam a aparecer. Divida com o time as conquistas e comemore. Essa é a melhor parte e não pode passar em branco.
6) Esteja próximo: com o time trabalhando em home office, é preciso ampliar os canais de comunicação. Aqui na Primeira Via aumentamos a frequência das reuniões e passamos a adotar novas ferramentas de gerenciamento de tarefas, que ajudam a tornar a equipe mais próxima no dia a dia. Também procuramos manter ações internas, como o Café com Info, que propociona um momento de descontração da equipe.
7) Lives, shows e mentorias de meditação: esses são exemplos de ações que nossos clientes Fundação CERTI e Amcom implantaram com o público interno que trouxeram resultados muito positivos e ajudaram a manter as pessoas conectadas e motivadas, mesmo à distância.
Todas as dicas podem ser colocadas em prática por qualquer empresa. Mas antes lembre-se que seu time é feito de pessoas. Respeite as diferenças e exerça a empatia colocando-se no lugar do outro. No final, acredite, tudo isso passará e sua empresa sairá fortalecida por esse time incrível.