Pouca gente sabe, mas já trabalhei no aeroporto de Floripa. Sim, eu fui agente de check in por cinco meses. Logo quando vim morar na ilha, surgiu a oportunidade e eu agarrei com tudo. Agora, já há dois anos na Primeira Via, percebo que esses dois caminhos, que parecem tão diferentes, conversam muito entre si. Neste post, vou fazer um contraponto entre essas duas atividades.
Processo seletivo X reunião de cliente: Logo de cara, no processo seletivo para a vaga, eu tive que me posicionar sobre uma situação hipotética (e caótica). A comunicação já esteve presente desde este momento. Dá pra comparar com aquela reunião tão esperada de um cliente. Tem que saber se portar, usar as melhores palavras e se expressar corretamente. Apresentar uma campanha (ou conteúdo) demonstrando o seu domínio e firmeza vai fazer toda a diferença.
Boiando no aeroporto X pedalando na escrita: Comecei a trabalhar lá sem fazer ideia do que ia viver. Passei por cursos e preparação, mas vivi algo totalmente novo na minha vida. Logo que entrei na Primeira Via, assumi a redação de um cliente em que o foco é o bem-estar animal, um assunto inédito para mim. No aeroporto, estudei e me adaptei àquela situação. Aqui, precisei estudar e aprender (muito) também. Nós, jornalistas, nos deparamos com muitos assuntos que não dominamos durante o nosso trabalho. É preciso aprender a perceber estas situações como oportunidades para conhecer temas diferentes.
Trabalho em equipe X fluxo de produção: No aero é bem importante trabalhar em equipe e saber que cada ação faz parte de uma etapa desse trabalho . Quando alguém comete um erro lá no check in, o colega do embarque vai enfrentar as consequências disso. Na comunicação não é diferente. O briefing, a redação e o atendimento precisam estar alinhados para que o conteúdo seja escrito da melhor forma. Conte com o seu colega, ajude-o quando for preciso e demonstre atenção nas suas solicitações. Uma equipe unida e bem entrosada (como a nossa) é fundamental para que o resultado do trabalho seja o melhor possível.
Cliente da aviação X cliente da comunicação: Trabalhar com o público é uma tarefa que demanda muita dedicação. Não é raro perceber desentendimentos nos aeroportos (e não só nesses locais) por consequência de uma comunicação mal feita ou interpretações descabidas. Alguns enroscos também podem acontecer quando atendemos os nossos clientes na comunicação – para evitá-los, ter clareza ao falar e paciência ao ouvir é muito importante. Se não se tem certeza de algo, é preciso checar, revisar, rever. Um bom briefing é uma ótima ferramenta neste caso.
Depois desta reflexão, compartilho aqui 10 lições que levo comigo sempre:
- Nenhum cliente é igual ao outro. Portanto, não existe receita para o atendimento;
- É preciso ter jogo de cintura para trabalhar com o público – ele é feito de pessoas e elas têm sentimentos;
- Agilidade e cordialidade são indispensáveis (em tudo!);
- É preciso separar a vida pessoal da profissional. Se você está em casa, esteja ali por completo. Vale o mesmo para o trabalho;
- O humor e a forma de encarar as situações direcionam os resultados. Veja os dias não tão bons como oportunidades de melhora;
- Todo trabalho é importante – o que seria da sua empresa sem o seu estagiário, por exemplo?
- Resiliência é fundamental;
- Nenhum dia é igual ao outro, mas todos chegam ao fim. Sendo bons ou ruins;
- Pessoas não são máquinas. Logo, cometem erros (e tudo bem!).
Este conteúdo foi o resultado do nosso primeiro Café com Info aqui da Primeira Via. Dedico o post para todos os colegas sensacionais que tive no aero, com quem aprendi tanto!
Até a próxima! 🙂