Com a sociedade funcionando em uma frequência diferente da normal e as horas de trabalho em home office se arrastando dias a fio, surge aquele que foi o responsável por criar um ambiente mais amigável e cheio de companheirismo para o seu público-ouvinte: o podcast.
Tendência que já vinha crescendo há algum tempo, foi na pandemia que o formato ganhou uma sobrevida e se tornou o protagonista do mercado de áudio digital.
Segundo uma pesquisa da Globo em parceria com o Ibope, o Brasil assumiu o 5º lugar no ranking de países que tiveram um crescimento acelerado no consumo de podcasts durante o isolamento social.
Os dados não param por aí: são mais de 28 milhões de brasileiros que trouxeram para a rotina os programas de áudio em 2020, um aumento de 33% em relação ao ano anterior.
Não à toa, basta abrir plataformas como o Spotify para perceber, lado a lado, os mais variados modelos de podcast espalhados – reportagens jornalísticas, conversas de boteco, histórias de ficção e entrevistas com profissionais dividem as dezenas de categorias do aplicativo.
Seja pelo fone de ouvido ou pelo alto-falante, lavando a louça ou estudando, a sensação de participar e de ser abraçado por uma diversidade de novas conversas foi fator determinante para o crescimento exponencial do formato em tempos pandêmicos.
Cansado das telas? Nós também!
Zoom, Google Meet, Skype, Instagram, WhatsApp – não tem retina que aguente, nessa altura do campeonato, ficar vidrada em uma tela por mais tempo que o necessário.
Nas horas de descanso, no entanto, optar pelo áudio se tornou algo mais atrativo do que se render novamente a outras formas de mídia que envolvessem ainda mais telas.
Depois de um dia inteiro de home office, relaxar sem a luz azul pungente dos dispositivos – aquela emitida por lâmpadas de LED, computadores, smartphones e telas de TV –, fechando os olhos e ouvindo o bate-papo de um desconhecido, foi a virada de chave para muitos de nós.
Estamos nos afastando gradualmente da exposição das nossas imagens, e já há quem se pergunte se o futuro pertencerá ao áudio. Cada vez mais, aplicativos desenvolvem espaços voltados unicamente para o sonoro e marcas apostam no uso da voz dentro de seus planos de comunicação.
Além da pressão estética que o uso exagerado da imagem nas redes sociais nos causa, é mais reconfortante ter a companhia do áudio no dia a dia, já que ele torna a experiência prazerosa e pessoal para o ouvinte que o acompanha.
Ainda assim, a experiência podcastiana é tão complexa que há aqueles que optam não só por ouvir como também por assistir seus programas preferidos, já que são muitos os criadores que se utilizam também do YouTube para soltarem seus conteúdos. Minoria, claro, pois a flexibilidade que o áudio proporciona é incomparável.
Por que investir em podcasts?
Autoridade
O podcast é mais um meio de comunicação para construir autoridade para sua marca na internet.
Isso porque investir em podcasts é contribuir para impulsionar estratégias de SEO, ou seja, faz com que a marca se fortaleça nos mecanismos de busca do Google, que tendem a priorizar os conteúdos mais relevantes entre seus resultados de pesquisa, inclusive áudio.
Por isso, muitas empresas, a exemplo da Certified Humane, têm investido em podcasts que podem ser ouvidos através de plataformas de áudio, como também assistidos pelo YouTube.
Custo-benefício
É preciso apenas um celular para dar vida a um podcast, tamanha a facilidade que esse formato permite. A gravação de áudios é uma ferramenta rápida e tem um custo menor, comparado às grandes produções audiovisuais.
Além do custo-benefício, esse novo formato ainda tem demonstrado retornos financeiros positivos para muitos profissionais.
De acordo com uma pesquisa da Abpod com apoio da CBN, 63,5% dos ouvintes disseram ter comprado produtos ou contratado serviços que foram anunciados em algum podcast.
Flexibilidade e assiduidade
Um estudo realizado pela Globo, em parceria com o Ibope, destacou que 48% do público dos podcasts escutam os programas enquanto fazem algum tipo de atividade doméstica, 38% enquanto acessam a internet, 25% um pouco antes de dormir, 24% na hora do trabalho ou dos estudos, 20% performando atividades físicas e 18% escutam durante aquela rotina de skin care ou outra forma de autocuidado.
Diferente de uma experiência com vídeos, em que a concentração visual é de extrema importância, o consumo de podcasts conquista pela flexibilidade de poder realizar atividades simultâneas.
Além disso, a pesquisa também mostra que 43% dos entrevistados possuem o hábito de ouvir o formato de uma a três vezes por semana, e que 16% escutam todos os dias.
Fiel e assíduo, o público dos podcasts pode ser uma conquista valiosa para as empresas e sem dúvidas, vale a pena investir nesse novo formato.
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