Um universo virtual onde as pessoas são representadas por avatares e participam de experiências que imitam a realidade, o metaverso está mais na moda do que nunca.
E os profissionais da comunicação devem estar atentos para acompanhar essa onda que traz muitas oportunidades para o setor.
Nesse artigo, você vai saber um pouco mais justamente sobre isso: as oportunidades para a comunicação no metaverso.
O que é o metaverso?
Originalmente, o termo foi criado por Neal Stephenson no romance de ficção científica “Snow Crash”, de 1992, no qual avatares realistas se encontravam em ambientes de realidade virtual.
O metaverso existe por meio da combinação de várias tecnologias, como vídeos, realidade aumentada (que integra elementos do mundo real ao virtual), realidade virtual (que coloca o usuário em um ambiente completamente virtual), criptomoedas (dinheiro digital) e peças digitais únicas (tradução livre de non-fungible tokens – NFTs, que são a certificação de um item exclusivo que pode ser digital).
A ideia é que os usuários das plataformas online possam acessar uma espécie de realidade paralela, com imersão promovida pelas tecnologias citadas acima.
O Facebook definiu o metaverso como “combinação híbrida das experiências sociais online atuais, às vezes expandido em três dimensões ou se projetando no mundo físico”.
Na visão de Zuckerberg, a qualidade definidora do metaverso será um sentimento de presença: sentir-se verdadeiramente presente com outra pessoa ou em outro lugar.
Por exemplo, no metaverso, por meio de um holograma, você poderá “participar” de experiência tão distintas como uma reunião de trabalho em um outro país com executivos do mundo todo, assistir ao show daquele artista que você tanto gosta mas nunca veio para a sua cidade, ou passar um tarde no campo ou na praia com a família mesmo morando em uma cidade cercada de concreto.
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O tamanho do metaverso
Estimativas do mercado apontam que o metaverso deverá movimentar US$ 800 bilhões, aproximadamente R$ 4 trilhões, até 2024.
Na época de troca no nome do Facebook para Meta, apenas Mark Zuckerberg prometeu desembolsar US$ 150 milhões na contratação de 10 mil pessoas para a construção deste novo mundo virtual.
A compra de equipamentos movimenta toda uma indústria em ascensão. Como é o caso dos itens para realidade virtual, principalmente os óculos, que têm como objetivo criar uma interface para representar os lugares reais ou os que forem criados pelo computador.
E também os aplicativos para realidade aumentada, para adição de camadas visuais à realidade, que tem no jogo Pokemón Go, um exemplo clássico.
Oportunidades do metaverso para a comunicação
O metaverso traz muitas oportunidades para os profissionais da comunicação.
O impacto mais imediato é o alcance ilimitado para as reuniões de trabalho, que vai muito além do que já estamos acostumados com aplicativos como Zoom ou Google Meet.
No metaverso, as reuniões serão 100% virtuais e poderemos entrar em uma sala digital com nosso avatar e interagir com outras pessoas representadas ao mesmo tempo por seus próprios avatares.
Os espaços virtuais geram experiências imersivas coletivas para convívio e trocas, com infinitas novas possibilidades de relacionamento para empresas e pessoas, estreitando os caminhos das mensagens entre emissor e receptor.
Especialistas da área estão atentos aos impactos destas novas tendências.
Daniel Kaminitz, CEO na Weach Group, explica que no metaverso “os usuários poderão dar vida aos seus avatares, criando um jeito próprio de ser e estabelecendo gostos e desejos de consumo”.
As marcas, por sua vez, “poderão implementar comunicações próprias para essa nova dimensão que, para muitos, será um gêmeo digital do mundo físico. É necessário entender que o metaverso não será um espaço apenas de socialização, e sim o lugar onde a vida acontece, unindo trabalho, compras, interação e tudo mais”.
Existem ainda empresas que pretendem usar o ambiente virtual como espaço de teste: lançam um produto digital e, a depender da resposta, podem transformá-lo em um ativo físico.
As oportunidades também passam pelas conexões com outros ativos digitais, como as criptomoedas e as NFTs (Non-Fungible Token). “As marcas podem apresentar uma edição limitada de algum produto e fazer a tokenização, garantindo aos avatares a propriedade”, acrescenta Kaminitz.
Algumas boas experiências também já ganharam forma no setor de assessoria de imprensa.
A Ituran Brasil, por exemplo, inovou no ambiente digital em sua coletiva anual de imprensa e criou uma imersão de convite em metaverso, no qual os jornalistas puderam viver uma experiência em realidade virtual, dentro de uma espécie de museu com informações.
A dica dos especialistas, nestes casos, é buscar promover experiências que realmente agreguem informação e sejam relevantes para o usuário. A simulação pela simples simulação pode não trazer o engajamento desejado.
Fundamental também estar atento às questões éticas na criação de marcas e avatares no metaverso.
Várias questões estão surgindo, como menores de idade se passando por adultos ou idosos usando avatares de crianças. A privacidade e a segurança neste novo modelo também são questionadas por alguns especialistas.
É importante para um profissional da comunicação fazer parte do jogo, mas sem deixar de estar atento às regras e aos ajustes no caminho de uma jornada que está começando a ser traçada.
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